O blog Vida Breve do Luis Jorge faz parte das minhas leituras habituais. E apesar de achar que muitas vezes se excede sem necessidade (com é natural num provocador nato), por vezes, consegue mesmo superar-se. O post que escreveu a propósito dos recentes acontecimentos de Gaza é uma prova disso:
A guerra é um assunto privado. É assim que a vejo, como uma extensão dos meus mortos — sem razões e sem perspectivas. Conheço os limites desta visão romântica, mas também conheço as pulsões de morte dos nossos generais de sofá. A guerra é necessária? Por vezes, é. Esta guerra é necessária? Não acredito. Encontro nos que a defendem um inquietante desejo de expiação. A imprensa fala nos hospitais destituidos, a transbordar de seres que ninguém trata, e só consigo ver os locais em que passei os últimos anos, bem apetrechados e ainda assim aterradores. Não sei quem tem razão, mas sei de quem não gosto. E nunca vou gostar.
This entry was posted on Dezembro 30, 2008 at 2:39 pm and is filed under Não classificado. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed.
You can leave a response, or trackback from your own site.
Dezembro 30, 2008 às 5:15 pm |
Eu só me excedo quando digo mal do déspota esclarecido, berdá? Abraço.
Dezembro 30, 2008 às 5:55 pm |
Aí não te excedes, aí passas para lá da linha do bom senso mesmo que inconformista. Mas devo ser eu que tenho tanto pânico da Manuela Santa Lopes que prefiro o déspota esclarecido. 🙂